Enquanto as mãos se perdem num emaranhado de fios que se prendem e voltam a prender os pensamentos, esses, ao contrário dos fios, correm livres desfazendo novelos de recordações ou arquitectando novos projectos, que irão servir para ocupar, de novo mãos e pensamentos.
Neste Natal de 2013 resolvi preencher o meu tempo e distribuí-lo em pedaços. Recuperei lembranças para criar algo que não passará disso mesmo... lembranças, construídas neste meu tempo tão imenso, que vou oferecendo aos que amo e àqueles a quem retribuo amizades.
Continuo a gostar de fazer coisas minuciosas, pachorrentas no tempo que levam a decidir, a inventar, a construir.
Enquanto os faço desfruto do prazer que me dão este tipo de trabalhos e antecipo o prazer que darão a quem irá utilizá-los.
Há sempre algum móvel novo que falta num canto esquecido da casa. Então, basta um pouco de imaginação, tempo e paciência
para acrescentar alguma beleza e utilidade a um simples pedaço de pano
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